Tag Archives: pinha

Qual o sabor disso? LIBERDADE!

9 mar

Mil coisa acontecendo.

Tenho estado rebelde. Experimentei uma ruma de coisas. Tudo em pequenas porções. Umas quatro ou cinco batatinhas fritas misturadas com o almoço, experimentei um pedacinho de linguiça só para relembrar o sabor (pedacinho mesmo, viu?!), comi club social tradicional (que pode conter traços de leite), comi dois biscoitos Cream Cracker (mesma situação do club social. Um dos meus favoritos. Porém, minha consciência não me permitiu ultrapassar o limite de dois biscoitinhos), experimentei cuscuz com coco, experimentei rúcula (na minha casa não entra salada de folhas e legumes se não for por mim. Não sabia nem o que era e nem como se preparava essa folha, então experimentei num jantar de família) e tive coragem de participar de um jantar em família pela primeira vez desde a descoberta da doença comendo o que todo mundo tava comendo. O meu prato foi composto por carne com um molho sem nenhum ingrediente ao qual eu fosse alérgica, arroz branco e salada. Todas as experimentações foram um sucesso.

Essa minha rebeldia tem deixado os meus pensamentos inquietos em alguns momentos. Fico me questionando qual o meu limite. A impressão de que tenho é que em pouca quantidade o meu corpo tolera muita coisa. Quando falo pouca quantidade é pouca mesmo. Questão de uma colher ou uma garfada. Ainda não inventei de experimentar porções inteiras de certos alimentos que considero “pesados”. Outra coisa que está em cheque é a validade desses testes alérgicos. Teoricamente, eu deveria ter me lascado ao experimentar coisas que podem conter traços de leite. Só quem pode isso é o intolerante, o alérgico a proteína do leite não. Mas, para a minha surpresa e a felicidade geral da nação, nada aconteceu. Sem manifestações na pele, sem vias respiratórias comprometidas e sem intestino dando nó cego.

Simplesmente estável. Agora é aquela hora em que as recomendações e orientações dos especialistas que cuidam de mim entram em choque. Todos parecem ter um pouco de verdade em suas falas. E eu toda leiga perdida no meio disso tudo. Situação desagradável.

Meu corpo, minha decisão. Acabou o radicalismo. Claro que vou continuar adepta a uma alimentação balanceada porque só eu sei as vantagens que ela me trouxe. Mas, não serei tão inflexível como era antes em relação as minhas vontades. Não vou abandonar o tratamento das alergias e nem o acompanhamento da nutricionista. Apenas vou desconfiar do que me parecer exagerado demais. Qualquer dia desses me rebelo de vez e como uma pinha. Eu estava passeando pela UFRN e vi um homem vendendo pinhas. Minha boca encheu d’água e eu fiquei com pinha na cabeça. Pinha é fruta, eu não sou alérgica a ela e, de repente, esqueci porque que a nutricionista a tirou do meu cardápio. Eu sou louca por pinha. No dia que der na telha como uma para ver o que acontece.

pinha

O primeiro dia de Carnaval bateu com o aniversário de Papai. Fomos comemorar em Galinhos. Quase que essa viagem não sai. O carro deu pau dois dias antes de irmos. Papai levou para oficina e na sexta-feira o automóvel estava pronto. No sábado pela manhã saímos. Na entrada de Parque dos Coqueiros, Graças a Deus, o carro perdeu a força e parou. Dou graças porque ainda estávamos em Natal. Voltamos para casa e o carro para oficina. Trocaram uma peça lá e às 11h saímos. Almoçamos no shopping. Meu primeiro almoço fora de casa num estabelecimento comercial desde a viagem a Santa Rita em 2012. Sucesso. Foi lá que experimentei as batatas fritas. Chegando em Galinhos foi só alegria. SAM_2480SAM_2476 SAM_2483SAM_2484SAM_2525SAM_2527SAM_2599

O mar estava PERFEITO. Super tranquilo. Parecia até que estávamos numa piscina natural. A vontade foi de não voltar para Natal e ficar lá mais um tempo. Infelizmente, isso não era viável.

A vida tá beem aperriada agora. Muita coisa para fazer e, as vezes, tenho a impressão de que não vou dar conta. Porém, tenho adorado tudo isso. Rotina cheia e feliz. Semana que vem vai ser um terror. Dois trabalhos importantes, duas provas. Que eu tenha força e inteligência suficiente para lograr êxito esse semestre.

Tenho realmente pensado em voltar a praticar alguma atividade física. Mas, estou tendo dificuldade em encontrar tempo para isso (além de disposição). Minha rotina é cheia de horários quebrados. Inclusive os de sono. Nos que me sobram pela manhã: ou me exercito ou durmo. A tarde e à noite me dedico as aulas e ao estudo em casa. Eu gosto de esportes. O problema é que os esportes demandam um horário fixo e isso eu não tenho. Toda semana acontecem coisas novas e eu preciso estar em lugares diferentes em horários diversos. Por dez segundos, a musculação me pareceu adequada porque existem academias próximas a minha casa que ficam sempre abertas.  Mas isso só durou dez segundos. Eu lembrei que detesto musculação. Musculação de novo só em caso de desespero. Tenho medo de engordar desenfreadamente. Acontece com muita gente que entra na faculdade. Independente de ser portador de doença crônica ou tomar corticoide. A gente olha as fotos de como entramos e como saímos e vemos a diferença. Principalmente, nas mulheres. Felizmente, isso não é regra. Há quem consiga fugir do padrão.

Clarice Lispector escreveu um texto bem interessante sobre isso. Ele está contido no livro Só Para Mulheres. Vou transcrevê-lo para vocês:

“Gordinha”? “Gordota”? “Gorda”?

Talvez você, para não ter o trabalho de dieta e preocupações, tenha resolvido que não é gorda – é apenas gordinha.

Desculpe, mas é mesmo? Quantos passos  além de “gordinha” você já deu? Cada pessoa tem seu próprio tipo. Mas ser gorda não é tipo; é talvez o tipo engordado. E isso não ajuda a ser sedutora.

Será que você não tem nenhum motivo para querer adelgar-se? Quero dizer com isso o seguinte: será que não há nada tão precioso para você obter e que a incentive o bastante a ponto de você considerar bem empregado o esforço de afinar-se?

Está bem, suponhamos que você é apenas gordinha. O que não tem mal. No entanto, há o perigo de você ser “ainda gordinha” – o que significa um futuro progressivo rumo ao “gorda”.

Cuidado, pois, enquanto ainda é muito simples ter cuidado. “Gordota” já não é tão bom como “gordinha”. E “gorda” já piora o engraçadinho de “gordota”.

Clarice definitivamente não é bem-humorada em suas dicas. A escrita dela, as vezes, que é. O livro é de matar a gente de rir porque quebra com o esteriótipo mental que temos da autora. Sobre o texto acima: gosto da parte do ter cuidado enquanto é simples ter cuidado. Tem certas coisas que é melhor prevenir. Melhor fazer uma reeducação alimentar do que uma redução de estômago. Hoje existe uma coisa radical como se você fosse obrigado a ser fitness. Não é disso que eu tô falando. Acho que o segredo da saúde está na moderação e na prática de atividades físicas. Eu poderia ter engordado horrores de tanto que tomo corticoide. Mas, felizmente, não aconteceu. Engordei sim. Todavia, menos do que o previsto se pensarmos nas doses e no tempo de duração dele em meu dia-a-dia…

Dia 08 de março. Dia da mulher. Dia em que completo 4 anos e 6 meses de namoro. Dupla comemoração. Fui mais que mimada.

Raimar trouxe uma flor de chocolate para a minha mãe e outra para a minha irmã. Para mim, batom rosa e sabonetes cheirosos.

Sem título

Fomos ao shopping e compramos as entradas para irmos ver Maria do Caritó em Abril. Dica do psicólogo. Ele também adora filmes, peças, shows e livros. No meio das nossas conversas sempre compartilhamos esse tipo de informação. Eu acho isso o máximo.

Maria do Caritó

Passamos nas Americanas porque Raimar queria ver os DVDs. Lá tinha um monte de livro legal em promoção. E eu no auge da minha pobreza. Só deu para levar o primeiro da saga Harry Potter. Tinha um monte de coisa legal mesmo a preço acessível. A Dança dos Dragões tava por R$20. Eu comprei o meu por mais de R$40. Todos da saga de Harry por R$19,90. O Caçador de Pipas tava só um pouquinho mais caro. Não vou ficar aqui citando as obras legais e baratas que estavam naquelas prateleiras. Se eu fosse você, morasse em Natal e tivesse com crédito iria dar um conferida.

SAM_2602

Para fechar a noite com chave de ouro fomos comer em A CASA. Aquele restaurante vegano que já comentei por aqui. Dessa vez, experimentei o cachorro-quente. Uma delícia! Mais de dois anos sem experimentar nem algo parecido com um cachorro-quente. Tenho apreciado cada vez mais a culinária vegana. É mais próxima do natural e o meu corpo reage bem aos pratos deles.

1779941_367763000028373_1585758542_n